G. Ágape

Existe um homem encurvado. Sua face respira o pó da terra. Suas mãos se enchem de sangue. A luta ainda não acabou, diz a si mesmo. Até quando este homem irá suportar? A chama do seu coração começa a se apagar e vê muitas coisas, mas não as observa.
Suas vestes estão rasgadas, seu corpo chama por comida e sua garganta arde em sede. Seus olhos começam a desfocar o que vê. Por mais incrível que pareça, ele não desiste. Começa a se levantar lentamente.
Talvez mais um pouco.
Então, suas últimas tentativas falham. Mas ele ainda diz: "Estou cansado, mas não vencido".
Seus passos parecem uma corrida. Levanta as mãos para o céu e ora. Ora como se fosse a última conversa com o Pai. Pedregulhos rodeiam o seu caminho, espetando os pés. Alma ferida e aquebrantada. Jamais poderá prosseguir. Mais uma vez, ele cai. Outra vez ele se levanta.
"Estou ferido, mas não estou morto". Ele ouve uma voz ardendo em seu peito: "Não temais"! A tribulação chega ao fim. Até onde a vista alcança, ele percebe que tem mais pela frente.

Em uma vida cristã, sempre passamos por lutas, aflições e tristezas. Jesus Cristo prometeu que sempre haverá tempo de felicidade, mas ocorrerá em nossas vidas um certo tempo de dificuldade, mas os que com tristeza semeiam, com júbilo ceifarão (Sl 126: vv.5).